Aspectos estruturais essenciais para embalagem tipo exportação
A embalagem é um componente vital para assegurar o sucesso das exportações. Afinal, os produtos devem ser preservados e adequadamente protegidos, a fim de chegarem a seus destinos em perfeitas condições. Além disso, a embalagem tipo exportação deve contribuir para melhor posicionar, diferenciar e vender os produtos, por meio da utilização de materiais que estejam de acordo com os regulamentos.
Desse modo, as empresas que enviam seus produtos para outros países devem estar atentas aos requisitos exigidos para que o fornecimento seja realizado de tal forma que atenda às necessidades e garanta a satisfação dos clientes.
Para que o seu negócio atenda, sempre, aos padrões exigidos pelo mercado internacional, apresentamos, ao longo deste artigo, os principais elementos para a estruturação dessas embalagens. Boa leitura!
Padrões internacionais
É indispensável observar (e, obviamente, respeitar) as diferentes regras de envio de cada país, pois as determinações legais podem apresentar grandes variações.
Sem esse conhecimento, os produtos destinados à exportação podem ser submetidos a multas severas e outros tipos de sanções, além de aumentar o risco de ocorrerem indesejáveis atrasos. Ademais, o cliente do destino final pode se sentir lesado, prejudicando a reputação de sua organização.
A embalagem tipo exportação deve concorrer para a proteção dos produtos que envolve, obedecer as condições logísticas e as determinações inerentes aos processos de venda e consumo, de acordo com especificações ambientais e de saúde.
Nesse sentido, a confecção da embalagem pode ser realizada no interior da própria empresa de exportação ou o trabalho pode ser atribuído a uma empresa especializada nesse serviço em particular.
A depender das características dos itens comercializados, os pacotes podem contar com recursos que agregam maior comodidade às operações de distribuição, manipulação, exibição, venda, abertura, uso e reutilização.
A empresa, portanto, deve estar atenta ao conjunto de cores (uma vez que há países que apresentam restrições a algumas delas) e buscar autenticar o elemento enviado para indicar que o conteúdo e a própria embalagem não são falsificados.
As informações expostas devem estar na língua oficial do país importador. No caso de produtos perecíveis, os cuidados no envio são redobrados: a embalagem tipo exportação deve ser neutra, dispensando a necessidade de impressão, pois os invólucros entram em contado com o produto para certificar sua proteção e integridade durante o transporte.
Certificação
Se a embalagem em questão possuir recursos florestais como elemento primário, ela deve apresentar a certificação do FSC (Forest Stewardship Council ou Conselho de Administração Florestal, em tradução livre), do Programa Brasileiro de Certificação Florestal (PEFC, na sigla inglesa).
Prejuízos
As embalagens para exportação requerem conhecimento de como os bens são transportados e uma compreensão acurada em relação aos perigos e riscos aos quais elas estão sujeitas.
As chances de ocorrerem danos é maior durante o transporte internacional, uma vez que os produtos são transferidos várias vezes. Se forem embalados inadequadamente, os riscos são ainda maiores, o que pode afetar a reputação da sua empresa, além de gerar custos adicionais em termos de ações corretivas necessárias para pacificar os clientes e corrigir eventuais falhas.
Leis para embalagem tipo exportação
Existem normas definidas pela ABNT que devem ser seguidas e aplicadas nas embalagens.
Confira as principais leis:
- Lei n. 12.305/2010: determina como deve ser a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
- Lei n. 9.974/2000: define como deve ser a produção, desenvolvimento de rótulos, pesquisa, embalagem, transporte, exportação, armazenamento, comercialização, registro e uma série de questões a serem seguidas no processo de exportação;
- Lei n. 9.832/1999: refere-se às determinações específicas sobre a proibição de utilização das embalagens metálicas desenvolvidas com elementos que contenham chumbo e estanho na indústria alimentícia;
- Lei n. 9.605/1998: destinada para evitar atividades prejudiciais ao meio ambiente, incluindo a gestão inadequada de resíduos sólidos;
- Instrução Normativa n. 9, de 2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): determina como devem ser as embalagens usadas para acondicionar produtos hortícolas in natura, pois precisam respeitar algumas especificações;
- Resolução RDC n. 20, de 2008, da Anvisa: regulamento técnico para embalagens PET e PET-PCR grau alimentício, destinadas para embalagens que podem entrar em contato com os alimentos de forma direta;
- Resolução n. 275, de 2001, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama): define como deve ser o uso de cores nos códigos de resíduos diferentes. Essa identificação é aplicada em coletores, transportes e campanhas informativas da coleta seletiva.
Detalhamentos específicos do material a ser enviado
A rotulagem da embalagem fornece ao exportador, ao transportador de frete internacional e ao destinatário final todas as informações relativas a seu embarque, os detalhes em relação às marcas e números indicados no lado externo das caixas.
A empresa responsável pelo frete utiliza esses dados a fim de preparar o processo de embarque para o transportador internacional, regularizar a documentação e, também, produzir a nota de exportação eletrônica (necessária para arquivamento), na qual detalha a quantidade e o tipo de mercadoria contida em cada pacote individual a ser carregado em um caminhão, vagão, embarcação ou aeronave.
Uma lista apropriada fornece informações detalhadas, concernentes:
- à descrição do produto;
- ao número de fatura comercial relevante e/ou número de item;
- ao tipo de pacote(s), por exemplo, caixa, cartão, frascos etc.;
- aos pesos líquidos e brutos de cada pacote indicados em peso ou toneladas e convertidos em um equivalente métrico (exceto quando o comprador ou os regulamentos governamentais exigirem o contrário);
- às marcações de pacotes;
- às referências gerais do comprador e do vendedor etc.
Ações de marketing
Frequentemente, as empresas consideram a embalagem um mero custo adicional para o produto. Trata-se de um erro crasso, à medida que, dessa maneira, negligenciam seu valor e deixam de explorar seu potencial para incrementar suas estratégias de marketing.
Para que sua organização alcance o sucesso, é imprescindível entender que as embalagens são uma excelente ferramenta de interação, comunicação, promoções e branding, capazes de otimizar profundamente as ações destinadas a aumentar as vendas.
Isso deve incluir a realização de estudos sobre o ambiente competitivo no qual a empresa está inserida, as necessidades e desejos de sua base de clientes, opções de design e os requisitos de comunicação de cada embalagem tipo exportação.
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