Embalagens de vidro x plástica: em que situações escolher cada uma?

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Você já parou para analisar as características do vidro e do plástico, materiais tão utilizados para a produção de embalagens? Pensar nisso é um passo essencial para todo projeto de produto, já que elas são responsáveis por proteger, conservar e facilitar o transporte de um item, além de servirem como atrativo estético ao consumidor.

Descubra agora mesmo quais são as vantagens e as desvantagens das embalagens de vidro e de plástico. Com isso, você poderá fazer uma escolha certeira de acordo com as demandas de cada produto do seu negócio! Vamos lá?

Embalagens de plástico

Vantagens

O plástico é um material prático e versátil. Você sabia que ele pode ser moldado em inúmeras formas e durezas? Pois é! Com isso, é possível investir em design e fazer uma embalagem personalizada, de acordo com a identidade da sua marca.

Além disso, seu processo de produção é mais em conta e faz com que ele seja o material perfeito para produtos descartáveis, como copos e talheres para festas, recipientes para alimentos de consumo rápido e uma enorme variedade de sacos e sacolas.

Além disso, a leveza das embalagens, se comparadas com as de vidro, é uma ótima vantagem em questão de transporte e até mesmo de conservação dos produtos.

Esse material também é ideal para os itens comercializados à baixas temperaturas — pois é isso que permite e garante a boa conservação deles. Você verá a seguir que, ao contrário do vidro, as embalagens de plástico são boas escolhas para produtos que não levem tratamento térmico, a fim de melhorar sua conservação.

Desvantagens

As grandes desvantagens do material são a permeabilidade a odores e a umidade, tornando-o perigoso para o armazenamento de alimentos por um longo período de tempo. Além disso, alguns plásticos, como o PET, têm polímeros que escapam de sua estrutura e que podem modificar o sabor do alimento.

Alguns até podem ser reciclados, embora a prática do reúso, especialmente de garrafas PET e sacolas de mercado, seja mais comum; porém, o impacto ambiental que o plástico provoca é alarmante. O aumento do uso de embalagens com esse material ao longo dos tempos também contribuiu muito para esse cenário preocupante.

Nos últimos tempos, o plástico substitui o vidro nas prateleiras, a fim de modernizar as embalagens, baratear o custo de transporte, dentre outros fatores. Apesar disso, o custeio de extração de matérias-primas naturais e de fabricação do produto o torna menos atrativo para o mercado e para o meio ambiente.

Esse material tem sempre um derivado do petróleo como base, portanto, a exploração de combustível fóssil torna-se um problema. Além disso, o volume de plástico descartado nos oceanos faz dele uma ameaça real à vida animal e humana, com inúmeros casos de asfixia, ingestão e até mesmo alguns casos de deformação já registrados, principalmente em animais marinhos.

Embalagens de vidro

Vantagens

Os motivos que tornam o plástico menos recomendável são os mesmos que trazem o vidro de volta aos holofotes: em termos de impacto ambiental, trata-se de um material bem menos danoso.

O vidro é composto por uma mistura de areia e soda cáustica aquecida, com eventuais aditivos para coloração. A areia, seu principal componente, não necessita de grandes instalações para ser explorada e é renovável, além de reciclável.

Quanto à conservação, o vidro tem a vantagem de ser impermeável, já que odores e umidade não atravessam o material, tornando-o a escolha certa para armazenamentos a longo prazo de itens perecíveis, como alimentos e bebidas.

O vidro também é ideal para não deixar nenhum tipo de sabor indesejado no conteúdo, afinal, em nível químico, seus compostos podem demorar muitos anos para interagir com o que está na embalagem.

Além disso, essa característica específica torna o vidro um aliado no armazenamento de produtos que precisam de cuidado especial em relação às temperaturas, prolongando a conservação de alimentos, como palmito, picles, azeitonas, óleo de coco e bebidas alcoólicas.

O vidro também oferece uma boa gama de variedade, podendo ser fundido e moldado novamente, em até trinta vezes, em diversas tonalidades. Se optar em colorir o material, a escolha deve ser feita com cautela. É interessante armazenar alimentos em vidro incolor para facilitar a visualização e auxiliar na decisão de compra do cliente.

Por outro lado, o vidro esverdeado, por exemplo, funciona como uma ótima proteção contra a luz, preservando eventuais compostos antioxidantes presentes em alguns produtos, como o azeite.

Existe até mesmo uma vantagem “psicológica” do vidro. Por puro condicionamento social, somos levados à ver copos e taças com bons olhos, principalmente se comparados a copos plásticos.

Desvantagens

O ponto fraco do vidro é sua grande densidade, que torna as embalagens relativamente pesadas e pouco práticas de carregar. Apesar disso, novas tecnologias de aperfeiçoamento vem buscando garantir mais leveza às peças produzidas com esse material, sem fazê-lo perder suas qualidades.

Além disso, existe o perigo de a embalagem quebrar, fazendo com que sejam gerados riscos para quem a carrega. O vidro também tem menor capacidade de conduzir temperaturas, ou seja, é um material pouco resistente ao congelamento, podendo quebrar facilmente; ele também não resiste à esterilizações acima de 100 ºC.

Reciclagem de embalagens de plástico e vidro

As empresas hoje desempenham um papel de respeito ao meio ambiente, cobrado constantemente pelo seu público-alvo. As consequências do plástico na natureza colocam em risco uma gigantesca quantidade de seres vivos, o que é visto de forma negativa pela sociedade.

Uma alternativa encontrada para minimizar os efeitos gerados é inserir na logística de suprimentos a reciclagem de suas embalagens. No entanto, esse trabalho não é tão simples de ser realizado.

Outrossim, por mais que os consumidores esperem que a empresa desempenhe um papel de respeito ao meio ambiente, existe a dificuldade de que eles entendam que também são responsáveis pelo fluxo do lixo produzido em todo processo ligado às empresas.

Além disso, um outro problema enfrentado é a captação das embalagens vazias e os altos custos com logística. Parte do recolhimento pode ser feito em canais de distribuição — como supermercados varejistas e atacadistas — que podem oferecer postos de coleta.

Por isso, é necessário que os clientes pratiquem o consumo sustentável e depositem as embalagens utilizadas nesses pontos para que eles retornem às empresas.

Com esses desafios, surge a dúvida de como facilitar o fluxo de embalagens. Em vez de utilizar materiais, como plásticos e vidros, por que não usar elementos mais simples, que causem menos impactos ao ambiente e sejam mais fáceis de descartar e reciclar?

Embalagens biodegradáveis

Quando analisamos os dois modelos de embalagem citados acima e o impacto deles, não só para o meio ambiente, mas também para a qualidade do produto, podemos questionar uma terceira opção que dribla o efeito negativo gerado por ambas. As embalagens biodegradáveis são um exemplo e uma excelente alternativa de substituição.

Elas são compostas por materiais decompostos naturalmente — como os fungos e as bactérias, por exemplo, — e que não impactam negativamente no meio ambiente. Isso evita que a embalagem permaneça na natureza por longo tempo, diminui as chances de contaminação do solo e preserva as plantas e os animais dos possíveis efeitos nocivos gerados por alguns tipos de materiais.

Existem diferentes tipos de materiais quando falamos de embalagens biodegradáveis. Separamos para você alguns dos mais comuns. Confira a seguir.

Embalagens de Plástico Poliácido Láctico (PLA)

As embalagens em PLA podem ser decompostas por bactérias que produzem o ácido que dá nome ao material. Esse processo é feito por meio da fermentação de alguns vegetais, como cenoura, mandioca, beterraba e outros tubérculos.

A reciclagem desse material é natural e não gera impacto ao solo, uma vez que pode ser facilmente absorvido pela água. Caso pequenas quantidades de PLA passem para o alimento, elas não geram nenhum mal ao ser humano, já que o ácido traz benefícios ao ser consumido.

Embalagens de Cogumelos

Esse tipo de produto é criado a partir das raízes dos cogumelos encontrados em algumas folhas, húmus e outras substâncias. Sua principal característica se dá por utilizar materiais resistentes, flexíveis, de grande duração e, principalmente, por serem comestíveis. Infelizmente, a desvantagem é o grande custo de produção, tornando-as inviáveis para maioria das empresas.

Embalagens de Carboidratos

Uma alternativa muito comum ao plástico PLA são embalagens geradas a partir da biossíntese do milho, da cana-de-açúcar e de alguns óleos vegetais.

A produção das embalagens de carboidrato segue o mesmo formato da primeira opção, já que a decomposição também é produzida por fungos e bactérias inofensivos ao meio ambiente. No entanto, ela também tem um custo elevado de produção para as empresas.

Neste post, você aprendeu as origens, as composições, os pontos positivos e negativos, e o impacto ambiental gerados pelas embalagens de vidro e de plástico. Além disso, viu algumas alternativas biodegradáveis ao meio ambiente e que não impactam no sabor e na qualidade dos produtos. Agora, com essas informações, com certeza você poderá escolher o material ideal para seus produtos.

Além das embalagens de vidro e plástico, quer conhecer mais a fundo sobre outros tipos de materiais? Então, continue a leitura e bom aprendizado. Até logo!

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