Como a embalagem BraillePack ajudou a dar destaque para a marca do Marco Aurélio
“Mãe, olha que legal essa maquete da Torre de Belém. Olha, aqui também tem uns sinais marcados!”. O comentário não havia sido direcionado para Marco Aurélio, mas funcionou como abafador de todos os ruídos e pensamentos na cabeça do gerente de compras que viajava em férias com sua família para Portugal.
Ele focou sua atenção na cena e na explicação que sua esposa, Duda, dava ao filho de 5 anos:
— Na verdade, Felipe, essa escultura em bronze é a reprodução exata da torre para que os cegos possam entender cada detalhe da sua arquitetura. Essas bolinhas são a transcrição do texto para o braille, assim, eles podem ter a mesma experiência cultural que nós dois. Legal, né?
Seu filho sorriu, concordou com a cabeça e saiu correndo. Sua esposa, então, continuou a conversa, agora, falando para Marco Aurélio:
— Acho que essas conversas são tão importantes para nosso filho, Marco. Ele aprende não só o contexto cultural, mas também social de igualdade e acessibilidade. Acho que temos que proporcionar mais experiências como essa para ele.
É curioso como fatos isolados da vida pessoal podem trazer as respostas para desafios, não é mesmo? E isso era exatamente o que a empresa de Marco Aurélio estava vivendo.
O conteúdo perfeito; a embalagem, nem tanto
A empresa já havia mudado a receita de seus produtos para torná-los mais saudáveis, melhorando a qualidade dos insumos e alterando a estratégia comercial, mas o retorno em vendas não havia empolgado a direção.
As pesquisas mostravam que as novas receitas dos cookies sem lactose agradavam aos consumidores, mas faltava um elemento que criasse uma conexão pessoal, comunicasse seus valores e aquilo que ela acreditava ser sua missão dentro do mercado.
Marco Aurélio, com seus mais de 10 anos na direção da área de compras, já havia ventilado a ideia de trocar o modelo da embalagem. Nessa longa jornada, vivenciou um pouco de tudo: negociar um material e receber outro, problemas com a impressão da logo e atrasos na entrega.
Ainda assim, como as embalagens representavam um custo considerável no valor final do produto, resolveu pesquisar alternativas que pudessem trazer economia e ajudar na atração de seu público pelo preço reduzido nas prateleiras.
As perspectivas e os insights de uma especialista
Marco Aurélio iniciou suas pesquisas para a troca da embalagem com seu fornecedor atual. Ele ofereceu algumas alternativas, sugeriu uma mudança do layout e até mandou um mockup atualizado.
Mas, se era para baratear o custo, precisava procurar mais. E, nesse universo de fornecedores e possibilidades, é claro, buscou a Sulprint, afinal de contas, mais de 40 anos de mercado davam a ela todo o crédito como especialista.
O mais interessante, porém, foi que, nos primeiros contatos com a empresa, em vez de focarem apenas cobrir o preço dos concorrentes, os consultores da Sulprint quiseram entender os problemas enfrentados por Marco Aurélio.
Então, depois de um estudo e de algumas conversas, surgiu uma nova ideia: adotar a embalagem BraillePack.
Marco Aurélio, inicialmente, mostrou-se resistente, afinal de contas, queria baratear seus custos. Além disso, conhecia tais soluções para embalagens rígidas e pouco sobre a aplicação do braille nos pacotes flexíveis, que era o caso dos seus cookies.
O feeling do gestor
Porém, naquele momento, uma memória das férias o fez repensar a sugestão inovadora. Era a voz de sua esposa dizendo “acho que temos que proporcionar mais experiências como essa para ele”.
Duda era um exemplo clássico dos consumidores de sua empresa, e, apesar de não ser cega, percebia e valorizava as ações de acessibilidade que notava em seu universo. E, claro, ela não era a única.
Segundo a pesquisa publicada pela Ipsos Global Reputation Center, em dezembro de 2018, 78% dos consumidores esperam que as empresas invistam e abracem causas de cunho social e de inclusão.
O diferencial da embalagem braille
É claro que adotar uma embalagem com suas descrições em braille não é apenas uma ação de inclusão ou marketing de causa, mas vai muito além, inclusive no aspecto comercial.
Segundo a Fundação Dorina Nowill e os dados do IBGE de 2010, publicados em sua página, existem 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual, sendo que, desse total, mais de 500.000 são cegas.
Além deles, 29 milhões de brasileiros declaram alguma dificuldade permanente para enxergar, mesmo fazendo o uso dos óculos.
Ou seja, existe um universo de pessoas, e, portanto, consumidores, que estão diretamente envolvidos e tocados com as dificuldades que alguns têm para interagir com as informações visuais, seja para fazer turismo e conhecer a Torre de Belém, seja para fazer compras no supermercado.
A tomada de decisão mais acertada dos últimos tempos
Marco Aurélio tinha, em suas mãos, estatísticas e argumentos que faziam com que aquela decisão pudesse ser tomada com serenidade. Além disso, as soluções da Sulprint ainda garantiam outras melhorias para suas embalagens e o preço unitário não inviabilizava a mudança.
Além da acessibilidade, suas embalagens, agora, teriam uma qualidade superior e seriam sustentáveis, outro diferencial que se mostrou extremamente eficiente nas gôndolas dos supermercados e, até mesmo, no e-commerce da empresa.
Os resultados, depois das mudanças, foram surpreendentes. Apesar da resistência inicial, Marco Aurélio rapidamente percebeu que aquele posicionamento tornava seu produto mais competitivo.
A embalagem ia muito além da proteção dos biscoitos sem lactose, mas comunicava seus valores e associava sua marca com uma causa importante, que era a da acessibilidade. Ela, de fato, proporcionava experiências positivas para seus consumidores, fosse pela leitura em braille, fosse por demonstrar que a empresa se preocupava com o meio ambiente e os diferentes indivíduos da sociedade.
O feedback mais importante
Marco Aurélio e os diretores da empresa já estavam muito satisfeitos com os resultados e haviam criado outras ações para fortalecer seu posicionamento, como realizar a doação de parte de seus lucros para fundações de apoio aos cegos.
Porém, era mesmo gratificante ler os milhares de relatos que o SAC da empresa estava recebendo, como no caso de Paulo, um deficiente visual morador da capital paulista.
Em seu e-mail, ele relatava que já havia errado na dose do xarope que seu filho de 5 anos estava tomando por não ter uma marca no copinho dosador que o ajudasse nessa tarefa e que, na época de seu nascimento, não pôde dar os primeiros banhos por ter medo que ele bebesse a água da banheira.
Como pai, aquele que cuida e protege seus filhos, ele se ressentia por não conseguir realizar atividades simples e rotineiras. Porém, depois de receber uma lista de produtos com embalagem braille da associação de que fazia parte, conseguiu fazer compras sozinho, e, depois de chegar à sua casa, disse ao seu filho:
— Meu filho, hoje, eu preparei seu lanche da escola e coloquei seu cookie preferido.
Aquele era um relato de uma situação tão simples, mas Marco Aurélio se emocionou. Provavelmente, porque tinha um filho da mesma idade e fazia aquilo todos os dias. Depois de terminar de ler aquele e-mail, ele encheu longamente seu pulmão de ar e, depois, soltou aliviado, sabendo que, além de tudo, sua decisão fazia uma diferença na vida de outras pessoas.
Existem muitas estratégias comerciais e de marketing que podem mudar os rumos da sua empresa, mas, certamente, aquelas que focam as experiências do consumidor trazem retornos muito mais significativos e sólidos.
Essa pequena história com personagens fictícios sobre embalagem braille tem a capacidade de ilustrar eventos reais, não é mesmo? Então, quer promover uma mudança como essa na sua empresa? Faça contato com a Sulprint.