Entenda como funciona o estoque de segurança

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​Já aconteceu com você de perder uma grande venda para o seu negócio porque faltavam produtos que o cliente estava procurando? No cotidiano de uma empresa, o produto é fator de grande importância para quem pretende conquistar compradores e estabilizar a atividade.

O pensamento errôneo de que somente indústrias e estabelecimentos varejistas fazem grandes estocagens, retendo matéria-prima e produto acabado para reposição no caso de uma crise ou baixa produção, está vivendo no passado. A sociedade contemporânea necessita de algo inovador e eficaz que abasteça a demanda do mercado e não deixe nada faltar para o consumo.

Portanto, para atender às expectativas do público, é importante atrelar a gestão a um controle do estoque de segurança, pois, por meio dele, você sempre terá certeza sobre os itens, garantindo um tempo maior para fazer a reposição. Afinal, toda a saúde do negócio depende diretamente dessa logística em torno dos suprimentos que a empresa resguarda e fornece.

Pensando nisso, falaremos um pouco sobre a importância desse tipo de estoque e como ele pode ajudá-lo a ganhar espaço no seu ramo. Acompanhe com a gente!

Afinal, o que é o estoque de segurança?

Quem trabalha com compra e venda de produtos sabe como o planejamento estratégico é essencial para desenvolver uma boa atividade. Manter em disponibilidade o que consumidores buscam tem sido uma forma muito comum de desenvolver um melhor relacionamento com a clientela, além de melhorar a imagem da empresa.

Assim, podemos defini-lo como aquele mínimo existencial de determinados produtos que devem estar estocados para que seja possível atender um pedido inusitado, um problema com o fornecedor ou situações similares a essas. Ou seja, muitos negócios são perdidos em decorrência dessa defasagem no sistema logístico.

Então, podemos entender que o ideal é tê-lo como uma forma de seguro para operações futuras. Desse modo, o empreendedor conseguirá resolver situações em que o negócio poderia ser comprometido caso não houvesse essa segurança.

Com isso, o que guiará a demanda do estoque de segurança é o comportamento do consumidor no momento da compra, isto é, aqueles produtos que mais encomendam ou compram pessoalmente. Além disso, será fundamental trabalhar com o “fator relevância” de certos produtos dentro do conjunto escolhido.

Não é por menos que o mercado tem se mostrado cada vez mais competitivo, então, pequenas práticas podem auxiliá-lo a se sobressair.

Suponha que o fornecedor de uma indústria que precisa de determinada matéria-prima pare de funcionar e atrase para fazer o reabastecimento. Caso não haja um planejamento, as atividades podem ser suspensas, gerando um prejuízo catastrófico e que poderia ser evitado com um estoque de segurança bem elaborado.

Essa situação pode ser aplicada em varejos e em e-commerces, por exemplo, no caso de picos de vendas em determinados períodos: não havendo o produto que o cliente busca, a venda pode ser perdida para um concorrente, então, ter atenção a esse detalhe é essencial.

Como fazer um bom planejamento?

A ideia é garantir uma margem de erro na hora de fazer a gestão para, assim, evitar que erros aconteçam. Faça parcerias com bons fornecedores e se planeje para realizar o reabastecimento antes que seu estoque esteja vazio. Isso garante uma estabilidade maior para o exercício da sua função, assegurando um tempo extra para casos em que o distribuidor atrase ou o fornecedor tenha algum problema.

O ideal é fazer uma análise do fluxo de entrada e saída de produtos — um alinhamento entre a gestão de estoque e de compras —, fazendo uma estimativa de quando deve haver a reposição de cada produto quando elas estiverem acabando.

É fundamental levar em conta o prazo de entrega para a entrada dos novos produtos, e aí a margem de segurança se faz importante: enquanto não chegarem, você ainda poderá continuar realizando seus negócios.

Como calcular esse estoque?

O momento mais delicado do negócio, sem dúvidas, é esse. Isso porque exige do gestor uma atenção redobrada e precisão em cada casa numérica, até pelo fato de estarmos lidando com situações de total imprevisibilidade dentro de um comércio ou afins. Estabelecer uma quantidade exata de produtos a serem mantidos é o que torna esse procedimento tão complexo.

Em um primeiro momento, esse cálculo deve ser feito levando em conta 3 pilares primordiais: demanda, aparelhamento de vendas e prazos da logística. Colocando isso em prática, você verificará o volume de vendas de cada um dos produtos que tiveram saída considerável no mês para saber o quanto deverá assegurar.

Como as vendas dependem muito da época do ano, é válido a adaptação do estoque de acordo com sua percepção e necessidade. Mas não se preocupe, pois existe uma fórmula básica para se obter um resultado matemático próximo do que precisa, e ela pode ser feita da seguinte maneira:

Estoque de Segurança (ES) = Média de Vendas Diárias x Tempo de Entrega (dias)

Por exemplo, se vender uma quantia média de 500 produtos por dia, sendo que para entregá-los leva um tempo aproximado de 4 dias, calcularíamos desse jeito: ES: 500 x 4 = 2000. Traduzindo para o português, será preciso ter, no mínimo, 2000 produtos no estoque de segurança, e quando ele estiver se esgotando, significa que é a hora exata de se fazer um novo pedido ao fornecedor.

Quais os efeitos desse planejamento?

O efeito principal, como já dissemos, é manter o fluxo de produção ou de prestação de serviços, além de ajudar a entender mais sobre sua própria atividade. Contudo, outros benefícios podem ser extraídos, como:

  • redução dos custos de armazenagem, já que você vai saber aproximadamente quanto de cada produto é buscado;
  • diminuição de gastos com funcionários temporários para demandas maiores em alguns períodos;
  • cumprimento de prazos e obrigações assiduamente;
  • melhor gestão de custos.

Investir em um estoque de segurança pode ser o diferencial que você precisava para entender e otimizar as práticas internas da sua organização. Dessa maneira, as chances de sucesso e prosperidade serão muito maiores que contar com a sorte de ter a mercadoria guardada ou não.

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