Embalagens flexíveis: como avaliar os indicadores de rendimento?
Segundo Kaplan e Norton, os pais da metodologia Balanced Scorecard, “o que não é medido, não é gerenciado”. Pois bem, para fazer uma boa gestão e um bom controle de qualidade é preciso trabalhar com esses indicadores, bem como acompanhá-los por um tempo, além da sua influência na qualidade do produto.
Nesse cenário, vamos explicar um pouco mais sobre as embalagens flexíveis. Continue a leitura para entender melhor sobre seus indicadores de rendimento, que possibilitam medir os seus desempenhos, bem como quantificar o custo-benefício de cada uma delas. Vamos começar?
O que são embalagens flexíveis?
As embalagens flexíveis são muito comuns, principalmente no setor alimentício. Esse tipo de embalagem é desenvolvida sob medida para embalar um produto, levando em conta seu volume, apelo comercial e propriedades físicas.
Normalmente, essas embalagens são monocamada ou laminadas em BOPP, PET, PP, PE, Papel, etc., podendo ainda ser metalizadas. O processo de impressão pode ser feito em Flexografia com a arte desenvolvida pelo cliente. Esses tipos de embalagens são fornecidas em bobinas para que as máquinas empacotadoras consigam embalar o produto de maneira adequada, mas podendo também ser fornecidas em sacos, onde o cliente coloca o produto dentro e faz a selagem.
Considere a embalagem como um cartão de visitas: é o primeiro contato do cliente com o seu produto antes de realizar a compra. Por isso, é preciso que ela seja a melhor possível, contribuindo para a experiência do consumidor.
Otimizando o uso das embalagens flexíveis
Além dos benefícios que já listamos, destacamos que as embalagens flexíveis são de fácil otimização. Isso pode ser feito por meio dos 3 fatores que influenciam a performance do processo de envase do produto:
- máquina;
- embalagem;
- pessoas.
A lógica é simples: as máquinas quando estão em bom estado trazem um resultado muito bom para seu processo de embalamento. Além disso, contar com embalagens que sabem “conversar com as máquinas” é essencial. Por fim, temos as pessoas que são aquelas que vão impulsionar ou travar os seus resultados operacionais
A Sulprint, por exemplo, vem nos últimos anos tendo resultados muito bons com clientes que experienciaram a possibilidade de trabalhar com estas 3 esferas. Foi e ainda é uma longa caminhada que envolve ajustes e melhorias nas máquinas, embalagens de qualidade e pessoas bem treinadas e instruídas a entender a complexidade por trás desse processo.
Como calcular o rendimento para embalagens flexíveis?
Calcular o rendimento de uma embalagem flexível não é algo complexo. Para fazer essa conta é preciso considerar as dimensões da própria embalagem e multiplicar pela sua gramatura total, que é uma métrica relacionada com a sua máquina.
Dessa maneira, será possível saber quanto pesa cada embalagem. Tendo isso, podemos dividir o peso total de uma bobina de plástico pelo peso de cada embalagem, prevendo quantos sacos podem ser formados em cada bobina.
Se a explicação ficou confusa, vamos seguir com exemplo prático. Suponha que João tenha uma fábrica de café e utiliza uma embalagem com as seguintes características:
- dimensões — 320 mm de comprimento X 230 mm de largura;
- material — PET Metalizado 17 g/m²;
- PE de baixa densidade — 50 g/m²;
- gramatura final — 71 g/m² (somando os aditivos utilizados (tinta+adesivo).
A área da embalagem é equivalente a 736 cm² (32 cm x 23 cm). Então, se 1 m² está para 71g, fazemos a famosa regra de 3 para os 736 cm²:
10000cm² – 71g
736 cm² – x
Então, temos que x = 5,2256 g por embalagem
Nesse exemplo, cada saquinho pesa 5,2256 gramas. Portanto, se temos uma bobina de filme plástico de 30 kg, conseguiremos 5740 sacos.
Sabendo que teremos perdas decorrentes de ajustes de máquina e outras situações devemos relevar uma % desta quantidade.
Agora, vamos comparar 2 fornecedores de embalagens:
- fornecedor 1 — Preço – R$28/ Kg, capacidade da bobina – 5740 sacos, eficiência produtiva – 70%
- fornecedor 2 — Preço – R$30/ Kg, capacidade da bobina – 5740 sacos, eficiência produtiva – 80%
No caso do fornecedor 1, uma bobina de 30 kg custa R$840, já com o fornecedor 2, a bobina de 30 kg custa R$900. Então, o resultado é que o valor de cada saco com o fornecedor 1 custará 20 centavos, enquanto com o fornecedor 2, o preço será de 19 centavos.
Portanto, é possível notar que, se há 10% a menos de eficiência na produtividade da linha de produção, isso afetará diretamente o preço do produto. Neste exemplo, essa diferença está em mais de R$2 por kg!
Indicadores mais utilizados
Os indicadores, que além de serem mais utilizados, são importantes para o resultado do rendimento são os que estão relacionados a:
- perda de embalagem;
- produtividade total da máquina de envase.
Ter uma eficiência global no processo de embalagem de um produto, com uma baixa perda no processo, é uma das coisas mais almejadas por qualquer Gestor de Produção.
Qual é o custo-benefício ao avaliar os indicadores de rendimento?
Calcular os indicadores de rendimento de uma embalagem flexível poderá trazer o benefício de entender se a empresa está executando esse processo de maneira certa ou errada. É possível saber, também, se a empresa está utilizando a embalagem errada no processo.
O maior erro das empresas continua sendo a ideia de que comprar o mais barato é o melhor negócio. Isso não é verdade. Entenda que a compra de embalagens é um fator determinante para o mapeamento do custo do produto final e, portanto, exige um bom estudo.
Por isso, comprar bem pode trazer alguns custos-benefícios de contar com embalagens flexíveis de um fornecedor de qualidade. Veja a lista destes benefícios abaixo:
- a embalagem é entregue dentro do prazo combinado, ou seja, diminui o risco da sua produção parar por falta de matéria-prima;
- a embalagem atende os requisitos de qualidade combinados entre cliente e fornecedor;
- produtividade, ou seja, a embalagem roda melhor;
- assistência técnica voltada à melhoria de performance;
- menores perdas da linha de produção;
- melhor custo-benefício.
Deu para ver o quanto avaliar os indicadores de rendimento é algo importante para que se faça bom uso das embalagens flexíveis, não é mesmo?
Então, o que acha de entrar em contato conosco e conhecer melhor as soluções que a Sulprint oferece? Não perca tempo!