Ciclo PDCA: como sempre ter melhorias na linha de produção?
Aprimorar processos é um objetivo que está sempre presente em todas as empresas bem-sucedidas, independentemente de seu mercado. Há também uma busca constante para implementar melhorias por esses negócios. Por isso, neste post vamos explicar sobre o PDCA.
Para quem ainda não sabe, esse é um método bastante utilizado em linhas de produção. Ele tem como objetivo fornecer melhorias para o seu processo. A sua sigla é a abreviação para para plan, do, check e act (planejar, fazer, checar e agir, em português).
O ciclo PDCA traz para a organização a possibilidade de melhorias contínuas. Por ser uma ferramenta de fácil aplicação e grandes resultados, aprender a utilizá-la aumentará a produtividade e reduzirá as despesas.
Quer saber mais sobre o ciclo PDCA e como aplicá-lo para otimizar seus resultados? Continue a leitura!
Como surgiu o ciclo PDCA?
Antes de mais nada, vamos entender um pouco o contexto do surgimento do ciclo PDCA. O ciclo foi criado em meados da década de 1920 por um físico norte-americano, Walter Andrew Shewart, que era uma grande referência na área de controle de qualidade, utilizando a estatística como ferramenta.
No entanto, foi somente nos anos 1950 que o PDCA ganhou mais força não somente nos Estados Unidos, mas no mundo todo. Isso aconteceu graças ao trabalho do professor, também americano, William Deming, que é muito lembrado por dedicar a sua vida à aplicação de melhorias de processos produtivos naquele país durante o período da Segunda Guerra Mundial. Hoje, ele é conhecido como um dos gurus da qualidade.
Qual o objetivo do ciclo PDCA?
O grande objetivo, ou foco, do ciclo PDCA é entender realmente como criar soluções efetivas para os problemas que surgem em uma linha de produção, focando não somente os porquês de seu surgimento e suas consequências, mas também as suas causas.
Desse modo, a sua metodologia buscará sempre a identificação de uma oportunidade de melhoria. Feito isso, há insumos suficientes para colocar em ação atitudes para promover as mudanças que são necessárias para alcançar os resultados almejados, sempre com qualidade e eficiência.
Tenha em mente que esse método trouxe uma visão inovadora para a época, isto é, a de que a fase de planejamento não acontece apenas uma vez e tampouco é inflexível.
Por esse motivo, o PDCA permite que o planejamento seja alterado com certo controle e de forma contínua. Pode parecer apenas um detalhe, mas isso ajuda para que cada processo ocorra da melhor maneira possível. Podemos dizer que esse é um dos grandes motivos que o tornou tão importante para muitos negócios.
Como otimizar processos utilizando o ciclo PDCA?
Agora está na hora de entender como o ciclo PDCA funciona. Ele é formado por quatro etapas simples, que são representadas por cada uma de suas letras, sendo que cada uma tem um objetivo diferente.
1. Plan (planejar)
Nessa fase é identificado o objetivo da melhoria e aonde se quer chegar. É feito um levantamento de todas as etapas dos processos juntamente com os problemas encontrados em cada passo.
A partir daí é elaborada uma estratégia para diminuir os empasses encontrados. É a fase de se analisar o problema, sua causa e traçar o plano de ação para extingui-lo.
2. Do (fazer)
Aqui será o momento de colocar em prática a estratégia traçada na fase anterior. É preciso acompanhar de perto para ter a certeza de que o que foi planejado está sendo aplicado. Pode ser necessário treinar as pessoas para que elas executem o plano de ação de forma correta.
3. Check (checar)
Nessa fase serão colhidos e analisados os resultados da aplicação do plano de ação. Com esse estudo será observado se o planejamento foi eficiente e se realmente houve uma melhoria de produtividade no processo sem perda de qualidade.
4. Act (agir)
Etapa em que serão aplicadas ações corretivas, se necessário, caso os dados colhidos na fase anterior tenham sido insatisfatórios. A partir daí, o plano de ação é revisado e o ciclo é reaplicado.
Todas as etapas do ciclo PDCA são aplicadas no processo que se deseja otimizar. Ele poderá ser empregado várias vezes, e a cada nova rodada a metodologia utilizada será aprimorada.
Quando aplicar o ciclo PDCA?
Aplicar melhoria contínua não precisa ser algo marcado no calendário da organização. Observar quais processos estão lentos e, consequentemente, com alto custo, é uma ótima maneira para se começar a aplicar o ciclo PDCA.
Como os resultados da execução não aparecerão necessariamente na primeira rodada, pode ser preciso aplicar mais de uma vez. Sendo uma ferramenta de simples uso e grandes ganhos, sua utilização em processos de linha de produção é fundamental.
O ganho de tempo será um resultado positivo no aumento da produtividade, sem abrir mão da qualidade, ajudando a organização a entregar um produto em tempo hábil ao cliente final. Além disso, durante a produção, desperdícios de matéria-prima serão minimizados, reduzindo ainda mais os custos para a empresa.
Quais as diferenças entre o ciclo PDCA e o PDSA?
Avançando um pouco mais na profundidade do tema, saiba que existe também o ciclo PDSA, que é um método que surgiu para complementar o ciclo PDCA. No caso, essa nova metodologia adiciona uma etapa de estudo ao seu processo, com o objetivo de gerar conhecimento para o negócio.
Sendo assim, a sigla PDSA significa plan, do, study e act (planejar, fazer, estudar e agir). Percebe-se que a diferença entre ambas é a substituição do check pelo study. Na prática, não se perde nada, mas tona essa fase mais completa.
Afinal, propõe-se que, em vez de apenas checar se o processo está ocorrendo da melhor maneira possível, que seja feito um estudo. Este tem como princípio analisar os fatos de forma mais profunda. Por isso, podemos considerar o PDSA como uma evolução do PDCA, pois ele propõe uma compreensão maior do andamento do projeto em si.
Deu para entender que o PDCA é uma ótima ferramenta para otimizar processos, não é mesmo? Então, não perca tempo e aplique o quanto antes no seu negócio!
O que acha agora de conferir quatro dicas para um bom planejamento e controle de produção industrial?