Embalagens em braile: gerando autonomia para deficientes visuais

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Muitas empresas no Brasil estão atrasadas em relação a uma abordagem de inclusão social adequada. Atualmente, existem diversos recursos no mercado desenvolvidos especialmente para auxiliar pessoas com deficiência física.

Nesse post, vamos falar especificamente sobre as embalagens em braile, as quais contam com legendas em relevo, que trazem os pontinhos característicos da linguagem braile nas embalagens de diversos produtos, como alimentos e remédios. Tudo isso permite que, deficientes visuais tenham maior autonomia para identificar produtos, tanto no supermercado e na farmácia quanto em casa.

Promoção da inclusão social

Grandes empresas como a Sadia e a Melita já utilizam embalagens com legendas para deficientes visuais. A marca Sadia, inclusive, desenvolve embalagens em braile desde o ano 2000, justamente por conta da sugestão de um funcionário portador de deficiência visual.

A autonomia oferecida por embalagens em braile proporciona aos cidadãos com deficiência a oportunidade de “lerem” os produtos nas prateleiras através de sua sensibilidade epicrítica, ou seja, por meio de sua capacidade de distinguir pequenas diferenças em uma superfície usando a polpa digital.

Assim, não precisam mais de auxílio para diferenciarem embalagens de marcas de café distintas, ou sabores de cereais matinais, já que as legendas em braile, geralmente, possuem: o nome do produto, peso, quantidade e o número telefônico do SAC (serviço de atendimento ao consumidor).

Com o objetivo de impedir acidentes, o Ministério da Saúde criou uma resolução em 2009, que estabelece a presença do nome e dosagem dos medicamentos em braile nas embalagens.

Atribuição de valor social à marca

Qualquer empresa que opta por embalagens em braile agrega valor social ao seu produto, afinal, os consumidores de hoje são bem informados e conseguem notar este diferencial valioso.

Todo responsável pelo processo de branding, ou seja, pela construção de uma marca, deveria se preocupar em transmitir valores de inclusão social e sustentabilidade, contribuindo ativamente para a edificação de um mundo melhor.

Lembrando que quando a equipe de marketing traz esses elementos ao seu material publicitário, a probabilidade de sua campanha viralizar na internet aumenta. Isso sem falar no fato que os deficientes visuais estarão mais propensos a comprarem produtos com embalagens em braile, do que produtos em embalagens incógnitas.

Comparação entre embalagens acartonadas e flexíveis

Dependendo do produto, escolhe-se o tipo de embalagem apropriada, sempre levando-se em consideração o design. Dentre os principais tipos de embalagens, temos: as acartonadas e as flexíveis.

As embalagens acartonadas são muito utilizadas para medicamentos, produtos alimentícios congelados e também para acondicionar grãos. Nesse caso, o código braile é facilmente impresso em qualquer local, devido a alta maleabilidade do papel grosso ou papelão. A ressalva, nesse caso, é que esse tipo de embrulho pode amassar facilmente, prejudicando, assim, a leitura da inscrição em braile.

Já a embalagem flexível em braile possui o código escrito em uma fita lateral (solda) do pacote. Trata-se de uma modalidade inovadora que foi disponibilizada no mercado pela Sulprint, visando atender empresas com distribuição de produtos alimentícios em pó, por exemplo.

Portanto, essas embalagens contendo comunicação inclusiva podem ser um diferencial importante no âmbito competitivo das marcas, e ainda ajudam efetivamente a consumidores portadores de necessidades especiais não se confundirem mais no momento da compra ou da ingestão dos alimentos.

Gostou do post? Então, aproveite para ler também nosso post que aborda de que forma a embalagem do produto impacta na experiência do cliente!

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