Por que é preciso conhecer o ciclo de vida das embalagens?

6 minutos para ler

O consumidor moderno está cada vez mais preocupado com o meio ambiente e, para agradar e atrair essa nova geração de consumidores, as empresas estão adotando práticas mais sustentáveis. Neste texto, falaremos sobre um dos maiores desafios para as indústrias quando o assunto é sustentabilidade: o uso das embalagens.

Entender sobre o ciclo de vida das embalagens é fundamental para se encontrar um meio termo entre a durabilidade e a sustentabilidade. Afinal, para uma empresa, de nada adianta uma embalagem ser reutilizável se ela não consegue armazenar e conservar um produto, principalmente no caso de alimentos.

Continue a leitura do texto para entender mais sobre o ciclo de vida das embalagens e reduzir os impactos da sua indústria no meio ambiente!

O que é o ciclo de vida das embalagens?

Todos os produtos fabricados pelas indústrias têm um ciclo de vida, as embalagens não são uma exceção. Chamamos de ciclo de vida todo os processos pelos quais um produto passa, desde a sua fabricação até o seu descarte final e deterioração.

Quando falamos sobre o ciclo de vida das embalagens, é muito comum que as pessoas levem em consideração apenas o tempo que os materiais demoram para se decompor na natureza. No entanto, o ciclo de vida trata de questões mais amplas. Dentre elas, nós podemos citar o uso de matéria-prima e energia para a fabricação, transporte, armazenamento, venda, consumo e descarte do produto.

Como analisar o ciclo de vida das embalagens?

Existe uma forma de se medir os impactos negativos que um determinado produto causa ao meio ambiente, que é fazendo a Análise do Ciclo de Vida (ACV). Esse termo surgiu em 1970, quando a Coca-Cola começou a comparar os diferentes tipos de embalagens de refrigerantes para saber qual deles era o mais adequado sob o ponto de vista ambiental.

A Análise do Ciclo de Vida leva em consideração todos os processos de produção que citamos acima. O objetivo da ACV é reduzir os impactos ambientais que um produto gera durante as várias fases do seu ciclo de vida.

Por meio dessa análise, é possível minimizar o uso de materiais tóxicos, diminuir o consumo de água e energia durante a fabricação, diminuir os custos, reduzir a geração de resíduos, entre outros fatores. Ou seja, por meio da ACV, uma indústria consegue identificar o que está sendo feito de errado em termos ambientais.

Existe outro conceito que se relaciona bastante com a Análise do Ciclo de Vida, que são os “6 Rs da Sustentabilidade”. Estes seriam os seis passos para tornar mais sustentável a fabricação de um produto:

  1. repensar: examinar a eficiência do produto, verificar se ele é mesmo útil e atende às necessidades dos consumidores;
  2. repor: verificar se há a possibilidade de substituir algum componente tóxico por outro que cause menos danos ao meio ambiente e à saúde humana;
  3. reparar: fabricar um produto que possa ter suas partes reparadas para que ele não precise ser descartado;
  4. reduzir: pensar em uma maneira de diminuir o consumo de componentes naturais e a emissão de poluentes;
  5. reutilizar: planejar um produto que possa ser utilizado mais de uma vez;
  6. reciclar: transformar o que seria jogado fora em matéria-prima para outros produtos.

Por que é importante entender sobre o ciclo de vida das embalagens?

Como nós citamos acima, além de ser uma forma de preservar o meio ambiente, a avaliação também permite aos gestores encontrar falhas na linha de produção que podem sinalizar perdas financeiras para a empresa. Ao investir em embalagens reutilizáveis, por exemplo, você só vai gastar dinheiro com a produção do refil, e não com novas embalagens.

Além disso, como mencionamos no início do texto, os consumidores estão mais engajados. Foi-se o tempo em que as pessoas compravam um produto sem antes saber sobre a marca por trás dele. Portanto, se você quer se destacar da concorrência e ser visto com bons olhos pelos seus clientes, é melhor começar a investir em medidas mais sustentáveis.

Por último, mas não menos importante, vale dizer que se preocupar com o meio ambiente também é um dever de todos nós como seres humanos. Não dá mais para negar que o mundo precisa de ajuda. As indústrias precisam preocupar mais com o meio ambiente, não só pela questão financeira mas também por uma questão de humanização.

O que são as embalagens biodegradáveis e compostáveis?

Para que uma embalagem seja considerada biodegradável aqui no Brasil, ela precisa atender aos critérios da ABNT 15448-2. Existem diversas normas internacionais que visam justamente definir o que é biodegradável. Resumidamente, nós podemos dizer que a embalagem biodegradável é aquela com grande capacidade de decomposição em pequenos intervalos de tempo.

A compostagem é uma das forma como as embalagens biodegradáveis podem se degradar. Neste caso, é necessário estar em contato com o solo. É descartada junto ao lixo orgânico para uma compostagem industrial ou até mesmo na compostagem caseira, ao enterrá-las, podem virar adubo. A degradação total ocorre no período de 180 dias em compostagem industrial.

No entanto, nem toda embalagem categorizada como biodegradável é capaz de gerar substratos benéficos ao meio ambiente durante sua decomposição. A compostagem, portanto, é um diferencial positivo que algumas embalagens têm. 

Use todos os conhecimentos que você adquiriu com este texto para repensar o ciclo de vida das embalagens que a sua indústria produz. Tomar medidas sustentáveis não é uma tarefa difícil, nós brasileiros é que não temos o hábito de pensar no meio ambiente. Faça a sua parte e você, certamente, colherá bons frutos no futuro, tanto financeiramente quanto socialmente!

Gostou deste texto e quer entender mais sobre a fabricação de embalagens? Então baixe já este e-book em que falamos sobre como saber a hora certa de trocar as embalagens.

Você também pode gostar
-