Processo de envase: como obter o melhor desempenho operacional

6 minutos para ler

Obter bom desempenho operacional é, em geral, o objetivo de todas as empresas. Quando se trata do processo de envase de produtos, pode haver a necessidade de fazer alterações para obter os resultados almejados pela companhia.

É possível, entretanto, atuar nesse procedimento para torná-lo mais eficiente. Para isso, é fundamental manter-se atento à linha de produção e intervir para corrigir eventuais falhas de forma a garantir a produtividade. Ter conhecimento do processo é, então, crucial.

A etapa de envase é fundamental na indústria de alimentos e bebidas — por isso, seu controle de segurança deve ser extremamente alto. Quer saber mais sobre como obter o melhor desempenho operacional no processo de envase? Neste post, tratamos desse assunto. Acompanhe!

Como funciona o processo de envase?

Diferentes produtos podem passar por processos distintos para receber uma embalagem. Então, escolher se uma mercadoria vai ser envasada ou embalada depende diretamente do artigo em questão. E essa etapa é muito importante para a qualidade final de produtos alimentícios.

No ramo de convertedores, usa-se o termo “envasar” quando o produto a ser manuseado não tem formato predefinido: assim, ele precisa de uma embalagem que o envase. Quando se fala em “embalar”, por outro lado, passa-se a sensação de que se tem um produto formatado que está apenas à espera de uma embalagem.

Além disso, é comum falar em envase quando o processo envolvido utiliza materiais rígidos. É o caso, por exemplo, de latas de refrigerante, vidros de conserva e similares. O embalamento desse tipo de mercadoria é feito depois.

Quais são os tipos de envase?

Existem diferentes tipos de envase, e são bastante específicos para cada tipo de produto. Algumas mercadorias ainda são envasadas em embalagens flexíveis e, posteriormente, em embalagens rígidas. É o caso, por exemplo, de gelatinas, pós de café vendidos em caixas, cereais, biscoitos e outros.

Quando se trata de embalagens flexíveis, o mais comum é que o envase seja feito em máquinas com queda vertical (o produto fica em um compartimento acima da linha de produção e é liberado, a intervalos regulares, para encher a embalagem) ou por fluxo horizontal (a mercadoria vem pela linha de produção e entra diretamente na embalagem em quantidade predeterminada).

Durante o processo de envase, alguns fatores podem atrapalhar a produção e a produtividade. Veja alguns deles:

  • coeficiente de atrito inadequado (alto/baixo) dos filmes com as peças deslizadoras da máquina (chapas, rolos, funis, tubo formador e outros). Isso pode ocorrer tanto no lado interno quanto no externo;
  • solda aberta ou queimada nos sacos que estão sendo formatados (isso pode ocorrer em razão de diferença de espessura dos selantes, por exemplo);
  • falha na fotocélula ou na arte que implica corte errado dos saquinhos e, assim, perda de produto caído no chão;
  • microfuros na solda ocasionados por interferência do produto (é mais comum em produtos finos, como farinha, açúcar, misturas para bolo e outros).

Como calcular e aumentar a eficácia da produção?

Calcular e aumentar a eficácia da produção tem, em geral, relação direta com o aumento da produtividade. Essa medida ajuda a estabelecer a relação entre a produção e os recursos utilizados para que ela funcione. Com isso, é possível diminuir perdas, aumentar a velocidade de produção e melhorar o uso da capacidade de máquina.

A maneira mais comum de fazer esse cálculo é relacionar os valores de produtividade, perdas e performance. Esses três fatores são essenciais para examinar o processo de envase e, a partir dos dados obtidos, estabelecer se ele é eficaz.

Para que tudo funcione bem, é preciso que esses elementos atuem em perfeita sintonia. E aqui entra mais um aspecto que, embora afete todo o ecossistema, poucas vezes é notado durante o processo de produção: a estabilidade dos lotes.

Isso acontece porque, como a etapa de conversão é contínua e as velocidades são altas, é comum que haja variação nas condições das bobinas. Assim, há variações na gramatura do filme laminado, no coeficiente de atrito (CoF), nas condições de selagem e nas forças de laminação entre as camadas. Os resultados são a perda de desempenho e a necessidade de fazer ajustes durante a operação.

Como o desempenho operacional da Real Café foi melhorado?

Um caso real em que a empresa precisava melhorar seu desempenho operacional é o da Real Café. A companhia recebia muitas devoluções de cargas de café em razão de furos nas embalagens. O seu objetivo principal, então, era acabar com essa falha.

Durante o processo de melhoria, entretanto, a equipe percebeu que outros aspectos da operação podiam ser melhorados. Assim, o resultado obtido na correção da falha inicial levou ao tratamento de uma dificuldade latente na organização: a baixa produtividade e os elevados índices de perda.

O primeiro passo desse trabalho, feito pela Sulprint, foi o ajuste da composição da embalagem dos produtos da marca. Para isso, foi necessário fazer medições e monitorar o processo de envase para definir uma receita de estrutura adequada para as embalagens de forma a atender às necessidades da companhia.

Depois disso, foi preciso treinar a equipe de operadores. Afinal, era necessário que eles conhecessem as características da embalagem e a configuração dos parâmetros do equipamento mais adequada à estrutura definida.

Resultados imediatos

O resultado foi imediato: houve a eliminação de cargas devolvidas ou bloqueadas. Isso levou à extinção dos custos de retrabalho e dos desperdícios. A consequência veio em seguida em forma de aumento da produtividade das envasadoras.

Assim, a Real Café sua eficiência geral de equipamento (Overall Equipment Effectiveness — OEE) crescer em mais de 10% e suas perdas de embalagem caírem mais de 50%. Tudo isso graças à união entre fornecedor e cliente.

Para que seja bem-sucedido, esse processo requer que ambos atuem em parceria para estudar a produção e alinhar as características das matérias-primas e dos equipamentos. Os dois lados ganham com isso: há crescimento substancial para as duas empresas envolvidas.

Processos sofisticados

Atualmente, esses processos são bastante sofisticados. O grau de refinamento garante que a curva de desvio padrão do processo de envase acompanhe a curva de desvio padrão da embalagem. Assim, elas se sobrepõem em um sincronismo perfeito.

Em resumo, a melhoria do desempenho operacional no processo de envase de uma organização passa por uma sinergia entre ela e seu fornecedor. A assistência técnica apropriada e o treinamento adequado da equipe podem mudar completamente as características de uma operação, como no caso da Real Café.

Precisa desse estudo na sua empresa? Entre em contato com a gente e saiba como podemos ajudar você a percorrer essa jornada!

Você também pode gostar
-