Cálculo de rendimento para embalagens flexíveis
Reduzir custos é uma tendência irreversível em todos os segmentos da indústria. No setor de embalagens, essa atitude passa, ainda, pela diminuição dos estoques. A eficiência da administração desse aspecto é essencial pois ajuda a criar uma vantagem competitiva em relação à concorrência.
Um dos fatores mais importantes nesse contexto é o cálculo de rendimento de embalagens flexíveis: ele é imprescindível para mensurar o preço de cada embalagem usada na empresa e manter as finanças sob controle.
É comum que as indústrias prestem atenção apenas ao preço por quilo — que pode ser ilusório. Se você quer saber como fazer o cálculo do rendimento para embalagens flexíveis, confira o nosso post! Boa leitura!
Qual é a relação entre o rendimento e outros aspectos?
Relacionar o rendimento ao tipo de estrutura, sua finalidade e sua gramatura define se é possível aumentá-lo. Em algumas situações, isso é inviável — quando interfere na configuração da máquina ou altera as barreiras contra gases e vapor d’água, por exemplo, não é possível otimizar o rendimento.
Por outro lado, o cálculo do rendimento permite determinar quanto é possível aproveitar por quilo de embalagem e, assim, quantificar o tamanho necessário do espaço físico reservado ao estoque. Além disso, esse dado facilita a mensuração do quanto está sendo perdido no processo de envase.
A partir disso, fica mais fácil ter um rendimento bem ajustado a esse procedimento. Com essas informações em mãos, outros fatores, na hora de comprar podem ser avaliados — como a qualidade da embalagem, o atendimento a legislações específicas, a assistência técnica e outros.
Como calcular o rendimento de embalagens flexíveis?
Para as empresas que recebem as embalagens em formato de bobinas — e posteriormente as formatam para fazer o envase dos produtos simultaneamente —, o cálculo tem como base as dimensões dos filmes comprados. Assim, os dados necessários para o cálculo são:
- largura do filme;
- passo ou altura da embalagem (distância entre o início de uma fotocélula e o início da outra).
Deve-se, então, multiplicar todos os dados para obter o peso de cada embalagem. Em um filme de biscoitos com largura final de 20 cm e altura de 35 cm, por exemplo, a embalagem final contém 70g/m². Com esses dados, calcula-se a área de uma embalagem, com uma regra de três simples:
- 1 m² — 10 mil cm² (100 cm x 100 cm);
- área — 700 cm² (20 cm x 35 cm);
- área de cada embalagem = 0,07 m².
A partir da informação da área da embalagem, é possível descobrir quantos gramas há em cada unidade (calculada com outra regra de três simples):
- 70g — 1m²;
- peso — 0,07m²;
- peso de cada embalagem = 4,9g.
Se o preço de cada quilo for R$ 25, temos (novamente com o auxílio da regra de três):
- 1 Kg — R$ 25;
- 0,0049 Kg — custo;
- custo por embalagem = R$ 0,1225 (12 centavos).
Assim, caso a produção seja de 10 mil pacotes de biscoitos, são necessários 49 Kg de embalagens flexíveis e o custo total será de R$ 1225.
Qual é a importância do cálculo inverso?
O cálculo inverso permite saber quantas embalagens é possível produzir a partir de uma determinada quantidade de material. Por exemplo, quantos pacotes de biscoito são obtidos quando se tem uma bobina de 25 Kg?
Nesse caso, basta dividir os 25 Kg (25 mil g) pelo peso de uma embalagem (que é 4,9g). Facilmente, chega-se a 5.102 unidades. Quando o pacote já vem formatado do fornecedor, nas dimensões desejadas, é ainda mais simples estabelecer o rendimento.
Basta pesar a embalagem e multiplicar esse valor pela quantidade necessária de pacotes para descobrir, em quilos, o peso da bobina que deve ser comprada.
É preciso lembrar que o peso de cada unidade pode variar e, portanto, é essencial incluir uma margem de tolerância (de 5 a 10% a mais) nesse cálculo — assim, consegue-se garantir que a compra será suficiente para a produção. Essa variação pode ser causada tanto pelas dimensões do corte como pela gramatura do material.
Por esse motivo, os fornecedores informam em suas fichas técnicas a tolerância variável de processo que pode ocorrer. Além disso, deve ser prevista a quantidade necessária de embalagens para que seja possível fazer a configuração correta da máquina.
O cálculo inverso é importante para que se possa entender qual o principal motivo do baixo rendimento. Os motivos podem ser os mais diversos — dimensões exageradas, gramatura de filme superdimensionada e erros similares.
Exemplo real
Suponhamos que uma empresa tenha recebido um pedido de compra de 500 Kg de embalagem feito por um cliente. Esses pacotes terão gramatura de 63g/m², o que significa que serão feitos com 10% a menos de massa do que os que são usados atualmente (70g/m²). A economia pode ser calculada assim:
- 500 Kg — quantidade futura;
- 0,0044 Kg — 1;
- quantidade futura = 113.636 unidades.
- 500 Kg — quantidade;
- 0,0049 Kg — 1;
- quantidade atual = 102.040 unidades.
Ou seja, com uma redução de apenas 10% na gramatura final do material, é possível conseguir 11.596 pacotes a mais em um lote de 500 Kg (que equivalem a 11,36% em relação à quantidade antiga). Se esse valor for multiplicado pelo peso de uma unidade (44 g), ganham-se mais de 51 Kg de embalagem e espaço em estoque.
Dessa forma, fazer esse cálculo é uma das melhores maneiras de garantir o melhor aproveitamento de material dentro das necessidades. Com ele, é possível reduzir custos, otimizar estoques e garantir uma administração mais eficiente desse aspecto na empresa.
E então, o que achou de conhecer melhor as funções do cálculo de rendimento para embalagens flexíveis? Ficou interessado em saber mais? Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudá-lo!