Já ouviu falar em ACV? Saiba o que é e conheça suas fases!

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Aqueles que se preocupam ativamente com a preservação do meio ambiente muitas vezes se perguntam sobre a procedência do que é comercializado no mundo e quais impactos estão causando na natureza.

Felizmente, desde o ano de 1970, existe a ACV (Avaliação do Ciclo de Vida), técnica criada justamente para mensuração e verificação de impactos ambientais que podem ser causados pela fabricação e consumo de determinado produto ou serviço. Com essa ferramenta são monitoradas todas as etapas da vida útil do item, desde as matérias-primas usadas, caminhando pelo processo de produção, sua consequente distribuição, até sua etapa final, ou seja, o consumo, além das fases de reciclagem quando permitido.

Pensando nesse contexto que tem sido objeto de preocupação, mostraremos a seguir mais detalhes da ACV, falaremos sobre a norma que a regula e abordaremos as etapas dessa técnica tão usada no mundo industrial e comercial. Confira conosco!

ACV e sua regulação

A ACV é regida pela norma ISO 14040. Basicamente ela procura aprimorar substancialmente os aspectos em seu ciclo para se adequar ao máximo aos padrões ecologicamente corretos, com a finalidade de reduzir o descarte excessivo de substâncias tóxicas, o gasto de recursos naturais e energéticos e, ainda, a reutilização de resíduos como materiais secundários, de menor qualidade, no entanto, plenamente utilizáveis.

Além disso, ela busca a diminuição dos custos de procedimento, como a aferição de máquinas e equipamentos da fábrica, entre outras atividades relacionadas.

Norma ISSO 14040

É muito comum as pessoas em geral focarem somente nas questões relativas às mudanças climáticas do Planeta Terra e as emissões de CO² causadas por combustíveis e gases tóxicos. Todavia, não podemos pensar que são somente esses problemas que constituem a causa de impactos ambientais irreversíveis, pois quaisquer fabricações artificiais geram consequências tão danosas quanto ou até piores à natureza.

Assim, esse protocolo tem o propósito geral de medir em diversos níveis o potencial de impacto que um produto poderá alcançar, compreendendo de forma ampla os benefícios e desvantagens dessa produtividade. As principais métricas analisadas são:

  • recursos naturais renováveis ou não;
  • aquecimento global;
  • maneiras de degradação da camada de ozônio;
  • acidificação;
  • geração fotoquímica do ozônio;
  • utilização de energia e água;
  • toxicidade (tanto humana quanto aquática).

Seus princípios são embasados em tarefas objetivas e específicas que avaliam detalhadamente o ciclo de vida dos produtos. Os primordiais que podemos citar neste texto são:

  • angariar informações essenciais sobre os bens produzidos;
  • identificar os pontos cruciais nos processos;
  • otimizar em curto espaço de tempo o sistema com diminuição drástica dos desgastes ambientais;
  • ter planejamento estratégico para o futuro;
  • explorar diferentes mercados;
  • entregar dados de forma transparente e útil ao consumidor.

Etapas da ACV

Agora que sabe a qual instituto ela se submete, regido por normas regulamentadoras importantes para essa técnica ser colocada em funcionamento, vamos checar quais são as fases em que se dividem o processo!

Definição dos objetivos e escopos

Em um primeiro momento, antes mesmo de ser criado o projeto, é feito um contorno temporal e geográfico onde irão se pautar os estudos e as pesquisas que surtirão os resultados pertinentes ao tema.

Também, delimitarão quais os critérios de qualidade a serem analisados, a conduta de corte e os tipos de impacto que poderão ser verificados ao longo do tempo.

Em um exemplo elucidativo, os colaboradores podem escolher investigar degradações ambientais em um sistema de isolamento térmico específico composto por algodão, assim, terão o trabalho de entender de que maneira se deu o cultivo do material, fazendo comparativos com outros sistemas semelhantes.

Importante notar que esse tracejado da rota a se seguir é o que dará suporte e amparo a toda essa técnica envolvida.

Análise de inventários

Diante desse limite estabelecido anteriormente, passamos para a parte de captação de dados em que se obtém todos os fluxos energéticos e de massa decorrentes da entrada e saída de muitas fases que envolvem a vida útil do produto ou serviço em questão.

Esses elementos podem ser colhidos e denominados como chuva ácida, ou haver um número excessivo de nutrientes em um leito de rio, processo de desertificação, entre outros. Geralmente manipulados em laboratórios, podem ser analisados também com o uso de softwares avançados.

Essa fase tem como função representar a totalidade do fluxo, dando condições para o próximo passo, encaixando-o em uma escala e dando a condição de compreensão dos detalhes para, enfim, classificá-los.

Avaliação de impactos

Após recolhida as informações pertinentes à etapa de análise, se faz a conversão referente aos impactos ambientais por meio de um cálculo matemático simples em que multiplica-se os resultados brutos encontrados por fatores de equivalência que transformam os valores em unidades comuns.

Desse modo, temos a qualificação, a distinção, o equilíbrio, o ajuntamento e o julgamento do procedimento.

Um bom exemplo que podemos citar é a equivalência de determinados kg de CO² para categorizar o aquecimento do globo terrestre. Essa conta é fundamental para permitir que se chegue aos parâmetros pertinentes aos danos que a embalagem do produto poderá causar na natureza.

Interpretação

Essa penúltima fase pode ser definida como a ponte para aprovar o projeto de acordo com os padrões da ACV, resguardadas pela ISSO 14040. Nela, é intensificada a procura em prol de pontos relevantes do estudo, buscando conferir a integridade e a sensibilidade da proposta diante das consequências que vão gerar.

Ainda, alinha os resultados pertinentes, passando-os para as conclusões definitivas, o que realmente deverá ser restringido às recomendações devidas para a fabricação.

Implantação

Aprovado com honras a proposta inicial, começa a etapa final e não menos importante, que é justamente a produção e a comercialização dos produtos avaliados minuciosamente para causarem o mínimo de danos ao meio ambiente, promovendo um consumo sustentável.

Podemos terminar nosso conteúdo enfatizando certamente que a ACV é uma das formas encontradas mais eficazes de proteção ecológica desde que foi criada. Mas não para por aí, pois ela está sempre se desenvolvendo e aprimorando os processos no intuito de obter a máxima compreensão e comprometimento com a sustentabilidade.

Gostou de conhecer sobre esse conteúdo interessantíssimo? Então, continue com a gente e entenda porque incentivar o consumo sustentável nos consumidores!

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