Afinal, o que é planejamento operacional?
Controlar processos e utilizar com máxima eficiência os recursos dentro da organização exige de gestores um bom planejamento. Afinal de contas, é preciso alinhar onde a empresa quer chegar e como fará para executar todos os objetivos estabelecidos.
Mas isso não é tão simples como parece. E muitos gestores acabam por cair nas armadilhas de uma estruturação inadequada de planejamento operacional, colocando a empresa numa situação de riscos e incertezas futuras.
Não importa qual seja o porte e o segmento de uma empresa, é preciso planejar o futuro e desenvolver práticas que possam garantir sua sobrevivência, conquistar clientes, reduzir custos, aumentar a produtividade e, consequentemente, ter melhores resultados.
No post de hoje, vamos explicar o que é planejamento operacional e qual sua relação com os processos, pessoas e resultados. Acompanhe:
O que é planejamento operacional
Ele está relacionado ao cumprimento dos objetivos e às pessoas responsáveis pela sua execução.
De maneira geral, costuma ter duração de um ano. Também está diretamente entrelaçado ao planejamento estratégico e ao planejamento tático, direcionando as pessoas que estão na ponta da operação para o cumprimento dos objetivos e metas de cada um dos seus respectivos setores.
Via de regra, são os técnicos e operadores os responsáveis pela execução do planejamento operacional.
Neste processo, o gestor pode ter:
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foco em curto prazo: uma vez que o plano operacional tem um período preestabelecido para ser executado, geralmente um ano;
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visão por tarefas rotineiras: por ser um plano mais detalhado, designa cada função para que cada colaborador possa executar, levando em consideração suas responsabilidades, atividades e funções;
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definição de metas e objetivos específicos: de forma geral, ele elabora um plano de ação ou cronograma de atividades direcionadas, a fim de que os projetos sejam desenvolvidos dentro do período de tempo planejado.
Algumas perguntas devem ser respondidas durante o processo de planejamento operacional:
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Como ele será feito?
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Quem serão os responsáveis pela execução do plano?
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Em que prazo será cumprido?
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Quais são as ferramentas e recursos necessários para a execução?
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Quanto vai custar?
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Quais as estratégias e alternativas?
Antes de responder a essas perguntas, faça uma análise e leve em consideração os riscos e ameaças.
Qual é a importância desse planejamento
Organização e disciplina são duas das qualidades mais importantes em qualquer empresa, especialmente se ela já for muito grande e seus processos, muito complexos. Isso porque boa parte do desempenho de tais organizações vem da antecipação e do preparo.
Para atender a uma nova demanda de mercado, por exemplo, o planejamento operacional da empresa deve ser feito com antecedência, ou a janela de maior lucratividade será perdida.
Mais do que entender como funciona o processo geral, é necessário compreender como cada função afeta a qualidade do serviço para o cliente final. Sem o devido planejamento, é muito difícil fazer esse encaixe.
Como estruturar um Plano Operacional
Para que um Plano Operacional seja eficiente e eficaz, e realmente direcionado para um maior engajamento da equipe e comprometimento com os resultados, ele não deve ficar restrito apenas à administração ou a uma alta hierarquia: é preciso que recursos, processos e tarefas sejam envolvidos.
Além disso, muitos gestores que ficam focados apenas em cumprir o planejamento operacional se transformam em “apagadores de incêndio”, sem enxergar pontos importantes e relevantes dentro da empresa. O segredo é manter o equilíbrio e estar atento a fim de explorar todas as situações.
O que deve considerado em um Plano Operacional
Estrutura física
É preciso entender o funcionamento e o arranjo físico da empresa, ou seja: se a organização for uma loja onde fica o depósito, se há escritório, como são divididos os setores, se a estrutura atende às normas de segurança e assim por diante.
No caso de uma gestão industrial, deve-se observar quais maquinários participam do processo, como é executada cada etapa de elaboração dos produtos, onde fica o estoque e tantos outros dados que forneçam ao responsável informações para conhecer a empresa de maneira aprofundada, de modo a compreender bem como são executadas as fases do processo.
Para facilitar o planejamento operacional, é possível utilizar uma planta ou elaborar um esquema que identifique o fluxo de operação e a estrutura. Isso não só facilitará o desenvolvimento como também vai melhorar as possibilidades de planejamento no futuro.
Recursos Humanos
É preciso saber quem trabalha na empresa e quais são suas funções, responsabilidades e qualificações. É muito importante entender o que todos executam, individualmente, e qual o envolvimento no plano operacional.
O trabalho do RH, mais do que pagar salários e assinar carteiras, é coordenar, capacitar e ajudar todos os funcionários da empresa a desempenharem melhor suas funções.
Hierarquia Operacional
Após conhecer o que cada colaborador desempenha dentro da empresa, é preciso descrever como esses cargos estão dispostos hierarquicamente dentro do planejamento operacional.
Não há uma receita ou mesmo segredo para montar uma hierarquia operacional, mas modelos mais comuns utilizam a departamentalização por funções — divididas em setores de acordo com suas atribuições, o que possibilita conhecer melhor a especialização de cada um.
Capacidade Operacional
Basicamente, é o quanto a empresa pode produzir ou prestar serviços — levando em consideração funcionários, recursos financeiros, matéria-prima, maquinário, etc. — em um determinado período.
Dependendo dos números, pode ser que a companhia esteja perdendo algumas oportunidades de lucro.
Qual a diferença entre planejamento operacional, estratégico e tático
O operacional, obviamente, não é o único nível de planejamento da empresa e, muito menos, o primeiro. Existem três níveis pelos quais o planejamento da empresa deve passar para ser bem-sucedido: estratégico, tático e operacional.
Cada um tem diferentes particularidades com relação à sua hierarquia, prazos, influência no produto final, etc.
Veja como funcionam os outros níveis:
Planejamento estratégico
Esse é o princípio de todo o processo. É quando os objetivos de longo prazo da empresa são colocados sobre a mesa e o resto é ajustado para alcançar essa meta da forma mais eficiente possível.
Sem um planejamento estratégico, não há rumo para as ações da companhia nem para o planejamento operacional.
A parte estratégica deve ser desenvolvida pelos gerentes, sócios, CEOs e outros membros de alto nível na hierarquia, já que é importante ter uma visão ampla sobre como tudo vai funcionar.
Os resultados são planejados para longo prazo, em média 5 a 10 anos. Durante esse período, o processo deve ser revisado frequentemente para evitar desvios muito grandes.
Planejamento tático
Com uma estratégia traçada em direção a um objetivo de longo prazo, é hora de desmembrá-lo em metas menores e de prazo inferior. Esse é o trabalho do planejamento tático.
Diferentemente do planejamento operacional, ele não é tão próximo assim do dia a dia dos funcionários, mas está bem mais perto do seu nível hierárquico. Sem planejamento tático, nenhum setor saberá se está caminhando em direção aos objetivos da empresa.
O prazo para esse tipo de plano é de 1 a 3 anos, o que é bem mais fácil do que no planejamento estratégico. Além disso, por haver um espaço mais curto, é possível detalhar mais a trajetória.
E como o campo de ação também é mais específico, eles podem ser bolados por funcionários abaixo da alta gestão, como gerentes de setor ou loja, por exemplo.
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